Sinopse: Um velho solitário que mora em uma cabana é surpreendido pela visita de um desconhecido. Ele diz que está perdido e precisa de ajuda, mas o homem acredita que o viajante esconde um segredo, assim como ele próprio esconde sua verdadeira identidade.
Semanas atrás procurando o que assistir, encontrei esse filme, percebi que era o mesmo ator de "O Homem nas Trevas", inclusive, além do título, a capa me lembrou um pouco também, salvei na lista e ontem resolvi finalmente assisti-lo. Talvez este foi justamente o erro, a comparação, não assista um com a ideia do outro, são filmes bem distintos, e compará-los pode mudar muito sua opinião sobre a obra,
O início do filme traz uma cabana velha e isolada, e esse por incrível que pareça será praticamente o único cenário do filme, e em alguns momentos isso torna a história cansativa, afinal de contas temos dois personagens, uma cabana, e longos diálogos, se esperava ação como "Homem nas Trevas" se frustrará bastante.
Stephen Lang é o velho solitário que mora na cabana, a narrativa inicial mostra um homem isolado, rabugento e um tanto sinistro, que está isolado na floresta com um cachorro que o abandona de vez em quando. O inicio do filme mostra estes detalhes de forma lenta, aliás, o filme todo tem esse andamento. O diretor tenta dar um ar sinistro, mas acaba caindo no tedioso. Lang está ótimo, mesmo que em alguns momentos se torne cansativo, realmente o enredo vagaroso não o ajuda, o filme parece não avançar, e o mistério arrastado faz com que se perca mais tempo olhando os defeitos do filme, do que prestando atenção na história.
Aqui começam nossos problemas, Marc Senter é Joe, o viajante perdido na floresta que pede ajuda ao velho solitário. A tentativa de mostrar que mesmo sendo um bom homem ele esconde um segredo, faz os diálogos soarem forçados, e a atuação de Marc em alguns momentos beira ao caricato. A falta de conexão da interpretação dele com a de Stephen Lang chega ser desconfortável em alguns momentos.
O Homem da Cabana falha na tentativa da tensão, o enredo é monótono, a narrativa é morna. O diretor Lucky McKee trouxe uma visão preguiçosa de um roteiro que para não tropeçar no óbvio cria uma história inverossímil ao meio de um fato comum. O desfecho que poderia ser aquela reviravolta que se espera durante o filme todo, é previsível, e nos brinda com encenações fracas.
A história de fundo apresentada poderia ser abordada de forma muito mais interessante, mas a escolha da abordagem em um sentido fantástico encerrou o filme com a certeza que faltou criatividade, intenção, e profundidade. Ousar uma linguagem teatral, com cenário único, exige muito mais do que foi apresentado. Um filme que fala de frustrações, ódio, traição e decepção poderia ousar nas abordagens de seus personagens problemáticos e desequilibrados, mas nos ofereceu apenas um filme monótono com uma história mal elaborada.
Nome: O Homem da Cabana (Título Original: Old Man)
Data de lançamento: 14 de outubro de 2022 (mundial)
Diretor: Lucky McKee
Roteiro: Joel Veach
Gênero: Terror/Mistério
Duração: 1h37m
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